quinta-feira, 2 de outubro de 2008

BOLSA DESPENCA- PARTE II

Crise de pânico
Bolsa com mais um dia de queda forte
Fonte: Miriam Leitao.com

A bolsa fechou hoje em queda vertiginosa de 7,34%, depois de bater a mínima em -9,36% (como você pode ver no post abaixo). A queda é no mundo todo e tem a ver com o que os mercados esperam da votação de amanhã do pacote, pelos deputados americanos. Isto porque o que saiu do Senado não muda muito o humor dos investidores, que passaram a olhar para os dados reais da economia, aqui e lá fora.

- A única mudança substancial é a ampliação do limite para o seguro de depósitos. Fora isso, o Senado colocou penduricalhos que dão até vergonha. Parece até negociação que acontece aqui para votar projetos - diz o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Sobrinho.

A expectativa do mercado para amanhã está na votação do pacote pelos deputados americanos. Ninguém quer que a votação demore ou fique para o fim do dia, porque o mercado deve usar isso para cair mais. O certo é que, depois da aprovação, os olhares ficarão para a economia real.

- A produção industrial brasileira tem análise para todos os gostos. Mas como caiu, significa menos oferta. E como lá fora se consolida uma recessão e os preços das commodities estão para baixo, ninguém segura. Se a má notícia prevalecer nesses dias, pode ter outra corrida negativa como a de segunda-feira - conta o economista-chefe do Fator.

Outro fator para a grande queda na Bovespa é a aversão ao risco, o que tira o dinheiro do mercado brasileiro. Só para que você tenha idéia da queda da bolsa brasileira com a crise, os principais dados negativos são de setembro. A menor pontuação do Ibovespa foi no dia 17, 45.908 pontos - hoje, quando a bolsa chegou a -9,36%, ela estava em 45.136 pontos. E a menor oscilação foi na última segunda-feira, dia 29, quando o Ibovespa fechou com queda de 9,36%, depois de interromper o pregão por circuit breaker ao passar de -10% e de chegar a cair 13%. Ah, o Ibovespa fechou setembro com queda de 11%. Até hoje, o índice já caiu 27,7% no ano.

- Você junta a aversão ao risco, o dólar para cima, que tem a ver com saída da moeda, e a crise de crédito lá fora. Tem a queda, até por causa da nossa condição histórica. Ainda bem que há uns colchõezinhos, como as reservas e o superávit primário. Se não, estaríamos rezando

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