O álcool já não é mais a vedete na capital francesa
3 de Outubro de 2008 - O álcool saiu de moda em Paris. O combustível que é usado em longa escala no Brasil perdeu o espaço de dois anos atrás, quando foi realizado o salão internacional do automóvel na capital francesa. Quase todos os fabricantes têm modelos híbridos - tecnologia que funde motores pequenos a combustível com eletricidade - expostos em seus estandes. Projetos a etanol só foram vistos em exposições periféricas do gigantesco salão parisiense.
A aposta no híbrido decorre no fato de que o hidrogênio ainda está longe do horizonte - alguns ainda falam em década para que o combustível totalmente limpo seja implantado definitivamente nos automóveis. Obstinados por leis e pressão dos consumidores, as montadoras buscam o avanço do híbrido, que é o caminho mais curto atualmente para a sustentabilidade e uma transição até a chegada de um combustível definitivamente eficiente e limpo.
A sensação é que o Brasil fica para trás, já que os índices de redução de emissões não serão aplicados tão cedo no País. A exemplo do que ocorre com os caminhões, os automóveis também não vão acompanhar o desenvolvimento limpo em busca atualmente na Europa.
Nos europeus, é bastante difundido o uso do diesel nos carros de passeio. Os motores preparados para rodar na Europa são muito mais eficientes e limpos que os que rodam no Brasil, principalmente em carros comerciais leves e picapes.
"A tecnologia do carro elétrico obedece a lógica dos mercados", afirmou Jean-Louis Chamla, diretor de Operações Internacionais da Citroën. "No caso do Brasil, a tecnologia está atualmente mais voltada para o combustível verde".
(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 1)(Wagner Oliveira Paris)
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